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Evidence for Muvalavala (Quioco)

1 pieces of evidence found.

Id DLP.Evidence.714
Type Ethnography
Location Moxico
Date 1995-01-01 - 1995-12-31
Rules 4x6-16 board. Number of counters is four times the number of holes in a row minus two. Counters are distributed only in the outer row, with two counters in each hole containing two counters, except the hole on the far left which contains the rest. The counters are then redistributed so that there is one in every hole, except the one on the extreme left in the inner and outer hole. The one on the left in the inner hole remains empty and the one in the inner row retains the same number initially placed there. Play begins from any of the player's holes, sowing anti-clockwise. When the final counter lands in an occupied hole, these are picked up and sowing continues, unless a capture can be made. Captures are made when the final counter falls into an occupied hole in the inner row, and the opponent's hole opposite contains counters. If it is, they are captured, and if the hole in to outer row opposite also contains counters, these are also captured. These are then sown from the hole following the one from which the capture occurred. If the final counter falls into an empty hole, the turn is over. Single counters cannot be sown. Play ends when one player cannot move.
Content Informants: João Mutenga and Amaro Cacoma da Silva, from Cazombo, and José Alfredo, from Gago Coutinho. "2.1.4 — Muvalavala (variante A), dos Luenas e Bundas Os Luenas e Bundas praticam duas variantes de Muvalavala, que diferem fundamentalmente no destino das pedras comidas ao adversário. Na que vamos descrever, as pedras comidas permanecem em jogo (Classe A) e na outra, que descrevemos a seguir em 2.2.1, saem do jogo (Classe B). A presença destas duas classes de jogos Mancala IV entre os Luenas e os Bundas explica-se, por estarem numa zona de transição entre áreas de jogos de profundas tradições e classes perfeitamente definidas— os Cuanhamas (Classe A) e o Quiocos (Classe B). Sendo assim, as duas variantes do Muvalavala não serão mais do que adaptações do Owela e do Tchela. No entanto, é do Muvalavala a única tradição da origem do jogo que recolhemos: Quadrícula — 4 x 6 a 4 x 16. O número de casas por linha não obedece a qualquer norma fixa, diminuindo à medida que desejam obter um jogo de desfecho mais répido. Não usam mais de 16 casas por linha porque, dizem, se torna incómodo oara jogar por causa das deslocações que têm de fazer para movimentar as pedras do jogo. Este motivo é na mesma considerado quando se defrontam dois grupos de jogadores. Tabuleiro — Não existe, por a quadricula ser materializada no chão. Os buracos de quadrícula são geralmente abertos, rodando no solo uma pedra bicuda facetada, à semelhança duma broca. Casas — Em forma de caloe esférica, de 4 a 6 dm de diâmetro, a que chamam buraquinho, (kauina, pl. tuina). As casas da extrema esquerda da linha exterior de cada jogador são designadas por limbo. Esta designação é também dada no decorrer do jogo a todas as casas que tenham mais de três pedras. Pedras — Geralmente pequenos frutos, quer em verde quer depois de secos, com 8 a 10 mm de diâmetro, a que chamam salia, ou missalia (sing. lissalia), duma árvore a que dão o nome de mussalia (Pseudolachinostylis dekindtii Pax ?). Usam também sementes de mandioca (Manihot utilissima) e doutras plantas, e pedras. O número inicial de pedras por jogador é igual a quatro vezes o número de casas por linha menos duas (4n-2); a sua distribução faz-se só na linha exterior de cada jogador, à razão de duas por casa, excepto na da extrema esquerda, onde se colocam as restantes (2n). Por este motivo é que estas casas da quadrícula são chamadas quimbos. Sentido — É seguido o sentifo directo. Casas de mão — Têm de pertencer ao campo do próprio jogador e conter duas ou mais pedras. Distribuição da mão — Da mesma forma que o Owela. No Muvalavala há que distinguir duas fases distintas do jogo: 1.a fase (distribuição inicial): neste fase, em que se procuram distribuir as pedras, uma a uma por todas as casas de quadrícula (semelhança com o Tchela), não se podem jogar as pedras dos quimbos nem incluir no circuito de distribuição das pedras as casas A1, a1, B8 e b8 (caso da figura 16), pelo que estas são consideradas como se não existissem. Quando se fica com uma soó pedra em cada casa, inicia-se a 2. fase (jogo propriamente dito): esta fase é obrigatoriamente iniciada pelo quimbo, o que resulta da proibição de não se poder iniciar um lanço por uma casa com uma única pedra. A partir deste momento passam a ser utilizadas todas as casas da quadrícula. Jogadas — Podem ser movimentos compostos. Comer — De mesma forma que no Owela. Variantes — Não são conhecidas... Interdições — Não se conhecem. Prática — É praticado por homens, mulheres e crianças como passatempo, embora se façam às vezes apostas insignificantes, especialmente entre as crianças. Algumas designações especiais usadas: kulia (comer) — comer pedras ao adversário; nassavala mu mussenge (ir dormir no mato) — diz-se duma jogada que termina na linha exterior, e, portanto, sem qualwuer consequência para o adversário; limbo (quimbo=aldeia) — grupo de mais de três pedras numa casa, ou a casa que as contém; ngunakutape (degolei-te) — expressão que o vencedor dirige ao adversário ao ganhar o jogo." Silva 1995: 83-85.
Confidence 100
Source Silva, E. R. S. 1995. Jogos do quadrícula do tipo mancala com especial incidência nos praticados em Angola. Lisbon: Instituto de investigação cientifica tropical.

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